30 de maio de 2023

31 de Maio - Visitação de Nossa Senhora, o encontro de duas promessas

Premissa

Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com uma mensagem de amor: a proposta de fazer dela a Mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. Aceitar Jesus é estar aberto a aceitar, receber e doar-se aos outros.

O Anjo também comunicou a Ela que sua parenta— Isabel — já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem, no Evangelho de São Lucas, no capítulo 1, quando, depois de andar cerca de 100 km, ela se encontrou com Isabel.

Doação e transmissão do Verbo

A Virgem Maria foi às pressas visitar sua prima Isabel, revelando-se uma mulher caridosa e doada, que se colocou à disposição de sua prima, que vivia a graça de uma gestação já em idade avançada. Mas mais do que isso, Maria revelou-se mulher missionária que, desde o anúncio do Anjo, empenhou-se com amor e confiança a cumprir aquilo que eram os desígnios de Deus para Ela: transmitir o mistério santificador da Palavra que se encarnou.


Encontro de duas promessas

O encontro de Maria e Isabel é a união de dois anúncios: daquele que viria para preparar os caminhos do Senhor e do próprio Salvador, o Cristo. Era o próprio Jesus, ainda no ventre de sua Mãe, que encontrava o Seu precursor, o profeta João Batista, também no seio de sua mãe, que, ao reconhecê-lo, logo que ouviu a saudação de Maria, “estremeceu”, exultou de alegria, como aconteceu com Davi, que dançou diante da arca pela presença do Senhor (cf. 2Sm 6,12-16).


Magnificat

Nesta festa, também é possível descobrir a raiz da nossa devoção a Maria.

Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus, exprimindo a sua alegria: “Meu espírito se alegra em Deus”. E, em certa altura, Ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos venerá-la, que passa de século a século; parece um prelúdio da palavra que seria pronunciada trinta anos mais tarde: “Bem-aventurados os pobres, bem-aventurados os puros de coração”. 

“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações” (Lucas 1,48).


A fé que opera obras de amor

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada Aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que ama a Deus, se não ama o outro. A visitação de Maria a Sua prima nos convoca para essa caridade ativa, para a fé que opera por esse amor de que o outro tanto precisa.


Quem será que precisa de nós?


A minha oração

“Virgem Maria, hoje, quero pedir a Senhora, minha Mãe, que me dê um coração sensível à dor e ao sofrimento dos meus irmãos, que a Senhora me ensine a sair do meu próprio comodismo e ir em direção aos que necessitam ser encontrados pelo amor e pela misericórdia de Cristo. Peço ainda, Mãe, que a Senhora me dê a graça de ser uma ardente missionária, qualquer que seja o meu campo de missão, que eu saiba levar a Palavra de Deus e que, acima de tudo, eu me esforce para cumprir as promessas de Deus na minha vida. Amém!”

Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!

Clique para assistir ao vídeo:



30 de Maio - Santa Joana d'Arc, à frente do exército



Resumo

Jovem camponesa que foi à frente de um pequeno exército para salvar a sua pátria; foi morta queimada viva e balbuciando os nomes de Jesus e Maria.

Origens

Joana d’Arc, filha de camponeses, nasceu num vilarejo na França no ano de 1412. Não foi ensinada a ler nem a escrever, mas, desde pequena, foi alimentada com amor ao catolicismo e os seus ensinamentos pela sua mãe, considerada uma mulher muito piedosa.

Vozes misteriosas

Tinha 13 anos quando começou a ter experiências místicas. E, ao rezar na igreja de seu povoado, começou a ouvir misteriosas “vozes”. Ouvia as “vozes” do Arcanjo São Miguel, de Santa Catarina de Alexandria e de Santa Margarida de Antioquia. Essas vozes a convidavam a libertar a França, que, na época, estava em grande parte dominada pelos ingleses.

Triunfos militares

Ao falar com aquele que seria o futuro rei: Carlos VII, ela mostrou conhecer coisas que jamais poderiam ter-lhe sido reveladas se não fosse o próprio céu a fazê-lo.

No ano de 1429, Joana partiu para uma expedição com o propósito de salvar a cidade de Orleans, carregando uma bandeira com os nomes de Jesus e de Maria, além de uma imagem do Pai Eterno. Em maio de 1429, ela expulsou os ingleses de Orleans. Após as lutas, a cidade foi recuperada; e Joana cumpriu o que lhe foi confiado, seguindo uma carreira cheia de triunfos militares.

Presença no exército

Alguns soldados e oficiais testemunharam a modéstia de Joana D’arc e como ela influenciou no modo como se comportavam, inclusive um de seus feitos no exército foi a expulsão de prostitutas do acampamento. Ela ainda implementou a participação na Santa Missa e a os sacramentos pelos soldados.

Prisão e morte

Anos mais tarde, ela foi aprisionada pelos ingleses. Esses a fecharam numa jaula de ferro, na cidade de Ruão. Julgada por uma centena de prelados e teólogos que a consideraram mentirosa, exploradora do povo, blasfemadora de Deus, idólatra, invocadora de diabos e herege, eles decidiram queimá-la viva.

Presa em um poste, ela apertava uma cruz sobre o coração, invocando o nome de Jesus Cristo e as suas “vozes”. O poste caiu nas chamas, mas, mesmo assim, a ouviram gritar seis vezes “Jesus”. Os ingleses lançaram as cinzas dela no rio Sena.

Sem derramar uma só gota de sangue, Santa Joana manteve-se sempre em oração. Com um exército de cinco mil soldados, até então sempre abatidos, a santa estabeleceu uma série de vitórias.

Beatificação e canonização

O seu processo de incriminação foi revisado e, em 1909, foi beatificada por São Pio X; no ano de 1920, foi canonizada pelo Papa Bento XV.

A minha oração

“Senhor Deus, peço a Ti que afine os meus ouvidos para também ouvir as inspirações interiores que o Senhor mesmo suscita em mim; e Te peço também a força para cumprir com cada um dos Teus desígnios, a exemplo e pela intercessão de Santa Joana D’arc. E que, em cada luta, eu possa ter gravados em meu coração os nomes de Jesus e Maria. Assim seja!”

Santa Joana d’Arc, rogai por nós!

Clique para assistir ao vídeo:


28 de maio de 2023

Oração Vem Espirito Santo, toma posse do Meu Ser!


 "Vem, Espírito Santo, visita agora minha alma e toma posse de todo o meu ser. Divino Consoladora,fonte viva do verdadeiro amor e caridade, inunda a minha vida. Acende a tua luz brilhante e ilumine os locais mais profundos e escuros de mim. Afastar para bem longe o inimigo da minha salvação eterna e, por misericórdia, preenche-me com uma paz doradoura, uma fé inabalável e uma esperança firme, que me permita viver os dias que me restam na fidelidade total ao Pai Criador, a Jesus Redentor e a Ti, fonte de santidade. Entrego-me sem reservas na confiança de que atendido, porque peço com humildade. Amém".

 

Concluir com um Pai Nosso, um Ave Maria e um Glória.

Clique para assistir ao vídeo:



As 3 virtudes teologais do Espírito Santo e Os 12 frutos do Espírito Santo

 Os 12 frutos do Espírito Santo



As virtudes podem ser HUMANAS e TEOLOGAIS. Nós cultivamos e usamos as virtudes humanas para conviver bem com as outras pessoas, no meio da nossa família, na nossa comunidade e no mundo, enfim. Também devemos cultivar as virtudes teologais no nosso relacionamento com Deus.


Quando recebemos o Sacramento do Batismo é infundida em nós a graça santificante, que nos torna capazes de nos relacionar com a Santíssima Trindade e nos orienta na maneira cristã de agir. O Espírito Santo se torna presente em nós, fundamentando as virtudes teologais, que são três: FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE.


PRIMEIRA VIRTUDE: A FÉ

Cultivando a fé, acreditamos no Deus Criador, que é o Pai, no Deus Salvador, que é Jesus Cristo e no Deus Santificador, que é o Espírito Santo. Cultivando a fé, compreendemos que o Altíssimo é uno e trino e que tudo isso nos foi revelado nas Sagradas Escrituras. Cremos, então, que Deus é a verdade.

 

No dia a dia, nós usamos muito a fé. Temos fé nas pessoas, às vezes até em pessoas em quem não sabemos se podemos confiar. Por exemplo: ninguém pode ser testemunha do seu próprio nascimento, mas a fé que nós cremos nos pais ou no cartório que fez o registro nos faz acreditar na data e no local do nosso nascimento. Do mesmo modo, quando entramos em um ônibus ou em um avião, acreditamos que o motorista ou o piloto são habilitados para nos transportar e nós nem os conhecemos, mas acreditamos neles.

E Deus, que criou todas as coisas e nos deu a faculdade de pensar, de raciocinar, de acreditar? Temos muito mais motivos para acreditar n’Ele, para confiar n’Ele, para nos abandonar livremente em Suas mãos.


A fé que devemos cultivar em relação a Deus é muito mais segura do que a fé que naturalmente temos nas pessoas. Assim, pela fé, cremos no Todo-poderoso e em tudo o que Ele nos revelou. Ele se revela sempre a nós. Primeiro pelos Profetas, depois, através de seu Filho, que é a Sua Palavra. Ele se revela também através do testemunho dos Apóstolos. E, constantemente, através dos acontecimentos da história da humanidade e da história de cada um de nós.


A criança tem uma fé sem limites na mãe, desde muito pequena, porque foi ela quem a gerou, a amamentou, ensinou-lhe a andar e a falar.


E Deus, que preparou um mundo maravilhoso para nós e nos colocou como centro desse mundo?… É forçoso que confiemos n’Ele, com total confiança. Precisamos procurar conhecer a vontade do Pai e realizá-la em nós, porque, como diz São Paulo, em sua Carta aos Gálatas (cf. Gl 5,6), a fé age por amor.


Mas não basta que nós cultivemos a fé. Esta, quando verdadeira, exige ação. Quando temos um amigo, não basta que gostemos dele. Devemos dar-lhe atenção, ajudá-lo quando necessário e possível, e ajudar também as pessoas que ele ama. Se não for assim, a amizade e a confiança não são verdadeiras.


Com Deus, é do mesmo modo. De que adianta a pessoa acreditar n’Ele e não fazer nada para melhorar o mundo que Ele criou com tanto amor? Santa Teresa de Calcutá dizia: “Eu sei que o meu trabalho é como uma gota no oceano, mas, sem ele, o oceano seria menor”. E São Tiago, em uma carta, nos diz que “a fé sem obras é morta “(cf. Tg 2,26).


A fé nos leva, portanto, a praticar a justiça em tudo que fazemos.


SEGUNDA VIRTUDE: A ESPERANÇA

A Esperança é a virtude que nos ajuda a desejar e a esperar tempos melhores em nossa vida aqui na terra e a ter a certeza de que conquistaremos a vida eterna, que será a nossa felicidade.


Muitas vezes, passamos por momentos difíceis e achamos que nossa vida não tem solução. O mundo hoje está muito violento e cheio de catástrofes. A cada dia, assistimos na televisão e até bem perto de nós, cenas de maldade, agressões, violência. E assistimos também a tragédias provocadas por desastres da natureza.


Precisamos refletir sobre tudo o que está acontecendo, encontrar onde está a falha e buscar uma solução. Sozinhos, não somos nada, mas, com Deus, tudo podemos. A esperança nos leva a tentar vencer os obstáculos.


No Antigo Testamento, a esposa de Abraão era estéril, mas o Senhor lhe prometeu uma descendência mais numerosa do que as estrelas do céu e todo o povo de Deus constitui a sua descendência, porque Sara, sua esposa, concebeu na velhice e gerou seu filho, Isaac.


No Novo Testamento, o anjo do Senhor anunciou a Virgem Maria que ela seria Mãe de um rei. E ela, de início sem compreender o que anjo falara, se prontificou a cumprir a vontade do Pai. Sofreu muito, meditando tudo no silêncio do seu coração. Esperou, esperou contra toda esperança e foi elevada aos céus e coroada Rainha dos anjos e dos santos, Mãe de Deus e Mãe da humanidade.

Seu Filho não foi aquele rei rico em coisas materiais, como nós imaginamos, no nosso mundo serem os reis. Mas Ele mesmo disse: “O meu reino não é deste mundo”. E Ele é o Rei dos Reis e ao som do Seu nome se dobram todos os seres do céu, da terra e sob a terra. Somos, por meio de Cristo, herdeiros da esperança de vida eterna.


TERCEIRA VIRTUDE: A CARIDADE

A Caridade é amor. São palavras sinônimas. A Caridade não é somente procurar uma moedinha no fundo da bolsa e jogá-la na latinha de quem pede. A Caridade não é somente ofertar um prato de comida a quem tem fome. A Caridade não é somente tirar do nosso guarda-roupa um vestido, uma blusa, um sapato ou qualquer objeto que não usamos mais e dar a quem nada tem. A Caridade é amor. É conhecer a dor da pessoa que vive perto de nós, quer seja na nossa família, na comunidade ou mais distante. Conhecer a sua dor e procurar com ela resolver o seu problema.


A Caridade é dar um “bom dia”. É sorrir para uma criança indefesa, para um jovem, às vezes desorientado, para um idoso que carrega seu fardo com dificuldade.


A caridade, o amor é a virtude perfeita. Neste mundo, precisamos ter fé, esperança e amor. Precisamos ter fé e esperança porque aqui estamos caminhando nas trevas, isto é, acreditamos em algo que não vemos com os nossos olhos humanos e limitados. Mas cremos na aurora que dissipará essas trevas e, quando alcançarmos a vida eterna, a fé e a esperança já não serão necessárias, porque já estaremos diante do Pai.


Entretanto, o amor permanece, porque Deus é amor e, se estamos diante d’Ele, também somos amor.


Por isso é que São Paulo, em sua Primeira Carta aos Coríntios, termina o capítulo 13 dizendo: “Agora, portanto, permanecem três coisas: a fé, a esperança e o amor. A maior delas é o amor”.


Os Frutos do Espírito Santo são :


1º – Caridade

É o amor a Deus acima de todas as coisas e aos outros por causa de Deus. E é o maior dos dons porque não desaparece: existe para além da morte. O Céu, afinal, vive no amor: “A fé e a esperança desaparecerão, mas o amor jamais desaparecerá” (1 Cor 13,8).


2º – Alegria

É caracterizada pelas emoções interiores de profunda satisfação espiritual que o Espírito Santo derrama no coração e na alma. Não há palavras que possam descrever a alegria que provém do Espírito Santo.


3º – Paz

Não se trata de mera sensação externa, mas da suavidade interior que Jesus mencionou aos Seus apóstolos: “Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz; não como o mundo a dá, mas como Eu a dou” (Jo 14, 27). Jesus é a própria paz e suavidade da alma.


4º – Paciência

A paciência é o fruto essencial para que o cristão persevere na fé e suporte as adversidades, as doenças, as contrariedades e as perseguições. O cristão paciente dificilmente é demovido. A alma paciente é mansa e humilde, não se revolta contra Deus, aceita os desafios sem se turbar porque sabe que até do mal pode vir o bem.

Definimos a seguir, em poucas palavras, cada um dos 12 frutos do Espírito Santo:



5 – A Bondade

É querer e fazer o bem às pessoas de modo gratuito e sincero, sem segundas intenções, sem interesses, sem esperar nada em troca. A pessoa que ama verdadeiramente faz o bem, pois o amor se derrama em atos de bondade.


6 – A Benignidade


Parte da bondade, mas a concretiza no fazer generoso. A benignidade vai além da obrigação, da simples justiça: é fazer ainda mais bem do que o meramente necessário.


7 – A Longanimidade

Relaciona-se com magnanimidade, com a grandeza de espírito. É um fruto sobrenatural que dispõe a alma a esperar sem se amargurar, mesmo nos momentos mais difíceis. É o perseverar nos caminhos de Deus apesar de quaisquer adversidades e dificuldades.


8 – A Mansidão

É associada à humildade e à paciência. Jesus disse: “Vinde a Mim, que Sou manso e humilde de coração, que Eu vos aliviarei. Vinde a Mim, que o meu jugo é suave e a minha carga é leve. Vinde a Mim todos vós que estais sobrecarregados porque Eu vos aliviarei” (Mt 11, 28-30). É um grande convite do Sagrado Coração de Jesus a imitá-lo! A mansidão vai contra a ira e contra o ódio.


9 – A Fé

Além de ser fruto do Espírito Santo, a fé é uma das virtudes teologais. É um dom fundamental: sem ela, nos desesperamos e desanimamos ao longo da jornada de altos e baixos por esta vida. Sem a fé, o cristão duvidaria, desistiria e deixaria de praticar o bem. A fé mantém o cristão firme no meio dos desafios. Ela própria, no entanto, precisa ser conservada e protegida. E é a oração, o contato com Deus, o que aumenta e protege a fé.


10 – A Modéstia

É o pudor que acompanha todo cristão consciente de que nele habita Deus. Consiste no respeita a nós mesmos como templos do Espírito Santo, o que inclui o respeito ao nosso próprio corpo e à sua discreta preservação de exibicionismos, vulgaridades e reducionismos a uma simples mercadoria consumível. Podemos, é claro, vestir-nos com elegância e cuidar bem da nossa aparência e forma física, mas por pudor e respeito próprio e não por futilidade e vã sensualidade.


11 – A Continência

Torna o ser humano equilibrado, controlando os apetites dos prazeres físicos. É saber dominar e ser senhor de si mesmo em relação aos instintos do corpo.


12 – A Castidade

É o fruto que leva o homem e a mulher a manterem a pureza do corpo e, consequentemente, da alma, praticando com alegria e plenitude o sexto e o nono Mandamentos: guardar castidade nas palavras e atos e também nos pensamentos e desejos. Não se trata apenas de abster-se, mas de elevar-se por sobre os instintos sexuais.

 

 

Clique para assistir ao vídeo:



Os 7 dons do Espírito Santo

 Segundo o Catecismo da Igreja Católica1 são sete os dons do Espírito Santo encontrados em sua plenitude em Cristo, mas também presentes no batizado pela sua participação na vida sobrenatural do Ressuscitado. São eles: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.


Vejamos cada um dos dons do Espírito Santo:

Sabedoria: este dom como que nos emudece diante das maravilhas de Deus. Ele faz sentir e saborear com docilidade os mistérios de Deus. Concedendo-nos uma compreensão não humana dos mistérios e da grandeza divina. É considerado o maior de todos os dons, porque eleva o homem a uma experiência sobrenatural de Deus. Diz o Senhor: “Feliz aquele que encontrou a Sabedoria…” (Pv 3, 13).


Entendimento: também conhecido como dom de Inteligência, é o dom que nos faz penetrar na Verdade Divina. Concede-nos um conhecimento que não está limitado ao esforço humano, mas ultrapassa, dando-nos a conhecer a Verdade que, simplesmente pela razão humana, não temos conhecimento.


Conselho: é o dom que nos faz agir com esperteza e nos faz escapar das astúcias dos nossos inimigos, muitas vezes, fazendo-nos escapar dos olhos da prudência simplesmente humana. Concede-nos a maneira certa de proceder diante de algumas situações que poderiam pôr em risco o caminho rumo a salvação.


Fortaleza: é o dom que nos move a executar o que nos ensina o conselho, tendo como finalidade a maior glória de Deus, apesar dos sacrifícios exigidos para isso. É, frequentemente, encontrado na vida dos mártires, aqueles que, conduzidos por uma força divina, deram a vida por Cristo.


Ciência: este dom está ligado intimamente com a Providência Divina, pois, pelo Dom de Ciência, conseguimos ver a mão de Deus nos acontecimentos mais ordinários do cotidiano. Ensina-nos a olhar os fatos da vida com o olhar de Deus. É característico na vida de alguns pregadores, dos santos doutores e dos diretores espirituais, cuja missão é propagar a fé e conduzir as almas.


Piedade: é o dom que nos faz tratar as coisas de Deus como sagradas, e a Ele mesmo com simplicidade, confiança verdadeira, como um filho deveria tratar o seu Pai. A piedade nos ajuda a entender o nosso lugar de filhos para com Deus e nos faz tratá-Lo como Pai.


Temor de Deus: não é um dom que nos faz ter medo de Deus, mas, em tudo, nos faz querer agradar-Lhe. Segundo o padre Arintero2 ,“a alma possuída por esse dom quer, a todo custo, destruir, o quanto antes, o ‘corpo de pecado’, vivendo sempre cercada da mortificação de Jesus Cristo, para que também, em sua própria carne mortal, manifeste-se a vida do Salvador”. É característico na vida de todo cristão batizado no início de sua caminhada com Jesus Cristo, onde busca moldar a sua vida de acordo com a Lei de Deus.


1 CIC nº 1831

2 Livro Evolução Mística, pág. 310.


Renné Viana

Missionário da Comunidade Canção Nova


Clique para assistir ao vídeo:



28 de Maio - A SOLENIDADE DE PENTECOSTES



A palavra “Pentecostes” vem do grego pentēkostḗ, que significa “quinquagésimo”. Esta solenidade é celebrada cinquenta dias depois da Páscoa.  Festa cristã que tem origem na liturgia dos judeus que celebravam a festa das colheitas. Era também chamada festa das semanas, pois ela acontecia sete semanas depois da Páscoa. Os judeus comemoravam neste dia a entrega da Lei a Moisés no Monte Sinai quando Deus fez uma Aliança com o Povo de Israel. Nessa data, muitos judeus que estavam espalhados pelo mundo iam a Jerusalém para visitar o templo.

Para nós cristãos, a comemoração do Pentecostes é marcada pela narrativa no livro dos Atos dos Apóstolos capítulo 2, momento em que os apóstolos de Cristo recebem o Espírito Santo. “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos dos Apóstolos 2.1-4).

Assim, Pentecostes também é uma celebração religiosa cristã que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, cinquenta dias após a Páscoa, dando a eles a coragem e alegria plena para o anuncio do evangelho. É uma das datas mais importantes do Calendário Litúrgico Cristão, juntamente com a Páscoa e o Natal.

É tempo de celebrarmos a presença do Espírito Santo em nosso meio, relembrando o ato salvífico de Jesus Cristo e Sua vida em nós. Invoquemos a efusão do Espirito Santo sobre toda a humanidade, para que se renove a face da terra. O amor é a língua do Espírito Santo por excelência. Somente o amor a Deus e a caridade aos irmãos, serão capazes de transformar e dar novo sentido a nossa vida e missão.

Divino Espirito Santo! Iluminai-nos!

Clique para assistir ao vídeo:

 

24 de maio de 2023

24 de Maio - Nossa Senhora Auxiliadora, a patrona da Canção Nova e devoção de Dom Bosco


Introdução na ladainha

O título de Auxiliadora remonta ao século XVI, quando a expressão “Auxiliadora dos Cristãos” foi introduzida na Ladainha de Nossa Senhora pelo Papa São Pio V, após a vitória dos cristãos sobre os muçulmanos na batalha nas águas de Lepanto, em 1571.

A festa
A festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi instituída pelo Papa Pio VII, após retornar da França, onde ficou preso, por Napoleão Bonaparte, por cinco anos. Seu retorno se deu no dia 24 de maio de 1814. O Papa atribuiu sua libertação a Nossa Senhora Auxiliadora e fixou a data de 24 de maio para a sua festa. 
  

Quem realmente difundiu esse título e devoção foi Dom Bosco. Vejamos um pouco o caminho de sua devoção mariana.

Dom Bosco e a devoção
Dom Bosco, desde pequeno, aprendeu com a sua mãe a ter grande confiança em Nossa Senhora. Mamãe Margarida, sua mãe, sempre interrompia o pesado trabalho no campo para saudar a Virgem Maria. A hora do Angelus era para ela um momento de encontro com Deus e de memória da Anunciação de Maria. 

Em 1824, quando tinha nove anos, teve o primeiro sonho profético, em que lhe foi manifestado o campo do seu futuro apostolado. Neste sonho, o menino Joãozinho ouviu a voz misteriosa do Senhor que dizia: “DAR-TE-EI A MESTRA” e logo apareceu uma Senhora de aspecto majestoso. Sem saber de quem se tratava, Joãozinho perguntou quem era ela e obteve a resposta: “Eu sou Aquela que sua mãe ensinou a saudar três vezes ao dia”. 

A Basílica
No ano de 1862, Dom Bosco iniciou a construção, em Turim, de uma grande Basílica dedicada a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. “Nossa Senhora deseja que a veneremos com o título de AUXILIADORA: vivemos em tempos difíceis e necessitamos que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a fé cristã”. 

Com a construção da Basílica de Maria Auxiliadora de Turim, Dom Bosco quis erguer um monumento eterno do seu amor e gratidão a Virgem Mãe Auxiliadora. “Maria Santíssima é minha Mãe”- dizia ele – “Ela é minha tesoureira. Ela foi sempre a minha guia”. 

Em suas conferências, Dom Bosco procurava demonstrar a importância da presença materna de Nossa Senhora. Fazia com que refletissem que é importante que ela seja honrada porque é Mãe de Deus, Mãe de Jesus Cristo e nossa mãe. 

Família Salesiana
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de Auxiliadora. Vários dos seus escritos retratam o amor por Maria Santíssima: “Recomendai constantemente a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora e a Jesus Sacramentado”. “Diante de Deus declaro: Basta que um jovem entre numa casa salesiana para que a Virgem Santíssima o tome imediatamente debaixo de sua especial proteção”. Dom Bosco confiou à Família Salesiana a propagação dessa devoção que é, ao mesmo tempo, devoção à Mãe de Deus, à Igreja e ao Papa.

Cultivemos esta devoção mariana, deixada a nós como herança religiosa por Dom Bosco.

Nossa Senhora Auxiliadora dos cristãos rogai por nós!

 

 

Clique para assistir ao vídeo:

22 de maio de 2023

Santo do dia: 22 de Maio - Santa Rita de Cássia, intercessora das famílias

 
 

Religiosa [1371-1447]

Uma Infância cheia de devoção

 A pequena periferia de Roccaporena, na Úmbria, foi berço de Margarida Lotti, provavelmente por volta de 1371, chamada com o diminutivo de “Rita”. Seus pais, humildes camponeses e pacificadores, procuraram dar-lhe uma boa educação escolar e religiosa na vizinha cidade de Cássia, onde a instrução era confiada aos Agostinianos. Naquele contexto, amadurece a devoção a Santo Agostinho, São João Batista e São Nicolau de Tolentino, que Rita escolheu como seus protetores.

Mulher e mãe dedicada

Por volta de 1385, a jovem se uniu em matrimônio com Paulo de Ferdinando de Mancino. A sociedade de então era caracterizada por diversas contendas e rivalidades políticas, nas quais seu marido estava envolvido. Mas a jovem esposa, através da sua oração, serenidade e capacidade de apaziguar, herdadas pelos pais, o ajudou a viver, aos poucos, como cristão de modo mais autêntico. Com amor, compreensão e paciência, a união entre Rita e Paulo tornou-se fecunda, embelezada pelo nascimento de dois filhos: Giangiacomo e Paulo Maria. Porém, a espiral de ódio das facções políticas da época acometeram seu lar doméstico.

Assassinato do esposo e perdão

O esposo de Rita, que se encontrava envolvido também por vínculos de parentela, foi assassinado. Para evitar a vingança dos filhos, escondeu a camisa ensanguentada do pai. Em seu coração, Rita perdoou os assassinos do seu marido, mas a família Mancino não se resignou e fazia pressão, a ponto de desatar rancores e hostilidades. Rita continuava a rezar, para que não fosse derramado mais sangue, fazendo da oração a sua arma e consolação. 

Doença dos filhos

Entretanto, as tribulações não faltaram. Uma doença causou a morte de Giangiacomo e de Paulo Maria; seu único conforto foi pensar que, pelo menos, suas almas foram salvas, sem mais correr o risco de serem envolvidos pelo clima de represálias, provocado pelo assassinato do marido. Tendo ficado sozinha, Rita intensificou sua vida de oração, seja pelos seus queridos defuntos, seja pela família de Mancino, para que perdoasse e encontrasse a paz.  

Pedido recusado

Com a idade de 36 anos, Rita pediu para ser admitida na comunidade das monjas agostinianas do Mosteiro de Santa Maria Madalena de Cássia. Porém, seu pedido foi recusado: as religiosas temiam, talvez, que a entrada da viúva de um homem assassinado pudesse comprometer a segurança do Convento. No entanto, as orações de Rita e as intercessões dos seus Santos protetores levaram à pacificação das famílias envolvidas na morte de Paulo de Mancino e, após tantas dificuldades, ela conseguiu entrar para o Mosteiro.

Monja Agostiniana

Narra-se que, durante o Noviciado, para provar a humildade de Rita, a Abadessa pediu-lhe para regar o tronco seco de uma planta, e que sua obediência foi premiada por Deus, pois a videira, até hoje, é vigorosa. Com o passar dos anos, Rita distinguiu-se como religiosa humilde, zelosa na oração e nos trabalhos que lhe eram confiados, capaz de fazer frequentes jejuns e penitências. Suas virtudes tornaram-se famosas até fora dos muros do Mosteiro, também por causa das suas obras de caridade, juntamente com algumas coirmãs; além da sua vida de oração, ela visitava os idosos, cuidava dos enfermos e assistia aos pobres.

A Santa das rosas

Cada vez mais imersa na contemplação de Cristo, Rita pediu-lhe para participar da sua Paixão. Em 1432, absorvida em oração, recebeu a ferida na fronte de um espinho da coroa do Crucifixo. O estigma permaneceu, por quinze anos, até a sua morte. No inverno, que precedeu a sua morte, enferma e obrigada a ficar acamada, Rita pediu a uma prima, que lhe veio visitar em Roccaporena, dois figos e uma rosa do jardim da casa paterna. Era janeiro, período de inverno na Itália, mas a jovem aceitou seu pedido, pensando que Rita estivesse delirando por causa da doença. Ao voltar para casa, ficou maravilhada por ver a rosa e os figos no jardim e, imediatamente, os levou a Rita. Para ela, estes eram sinais da bondade de Deus, que acolheu no Céu seus dois filhos e seu marido.

Veneração de Rita

Santa Rita expirou na noite entre 21 e 22 de maio de 1447. Devido ao grande culto que brotou logo depois da sua morte, o corpo de Rita nunca foi enterrado, mas mantido em uma urna de vidro. Rita conseguiu reflorescer, apesar dos espinhos que a vida lhe reservou, espalhando o bom perfume de Cristo e aquecendo tantos corações no seu gélido inverno. Por este motivo e em recordação do prodígio de Roccaporena, a rosa é, por excelência, o símbolo de Rita.

A minha oração

Rita, grande intercessora das famílias, a ti pedimos verdadeiras graças de conversão sobre aqueles que amamos. Tuas rosas são sinais de salvação, por isso te pedidos a paciência e o perdão, a oração e intercessão. Ajuda-nos de forma concreta nessa luta. Amém!

Santa Rita de Cássia , rogai por nós!

12 de maio de 2023

Santo do dia: 13 de Maio - Nossa Senhora de Fátima






Nossa Senhora de Fátima (Memória Facultativa)

Local: Fátima, Portugal

Data: 13 de Maio† 1917



Nossa Senhora de Fátima ou, formalmente, Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é uma das invocações atribuídas à Virgem Maria e que teve a sua origem nas aparições recebidas por três pastorinhos no lugar da Cova da Iria, em Fátima, Portugal.


No dia 5 de maio de 1917, durante a primeira guerra mundial, o papa Bento XV convidou os católicos do mundo inteiro a se unirem em uma cruzada de orações para obter a paz com a intercessão de Nossa Senhora. Oito dias depois a Beatíssima Virgem dava aos homens a sua resposta, aparecendo a 13 de maio a três pastorinhos portugueses, Lúcia de 10 anos, Francisco de 9 e Jacinta de 7.


A Senhora marcou com eles um encontro naquele mesmo lugar, lugar espaçoso e descampado denominado Cova da Iria, para o dia 13 de todo mês. Lúcia, a maiorzinha, recomendou aos priminhos a não contarem nada em casa. Mas Jacinta não soube guardar o segredo e no dia 13 de junho, os três pastorinhos não estavam mais sozinhos no encontro.


No dia 13 de julho Lúcia hesitou em ir ao encontro, porque os pais a haviam maltratado, mas depois se deixou convencer por Jacinta e foi precisamente durante a terceira aparição que Nossa Senhora prometeu um milagre para que o povo acreditasse na história das três crianças. A 13 de agosto os três videntes, fechados no cárcere, não puderam ir à Cova da Iria.


A 13 de outubro, último encontro, setenta mil pessoas lotavam o lugar das aparições e foram testemunhas do milagre anunciado: o sol parecia mover-se medrosamente, como se estivesse para destacar-se do firmamento, crescendo entre as chamas multicores. Nossa Senhora, em momentos sucessivos, ia aumentando os prodígios para persuadir a favor da sua mensagem, para dar a sua resposta que empenha todos os cristãos: “Rezem o terço todos os dias; rezem muito e façam sacrifícios pelos pecadores; são muitos os que vão para o inferno por não haver quem se preocupe em rezar e fazer sacrifícios por eles… A guerra logo acabará, mas se não pararem de ofender ao Senhor, não passará muito tempo para vir outra pior. Abandonem o pecado de suas próprias vidas e procurem eliminá-lo da vida dos outros, colaborando com a Redenção do Salvador”.


Ao constatar-se o fato da segunda guerra mundial, os cristãos lembraram-se da mensagem de Fátima. Em 1946, na presença do cardeal legado, no meio de uma multidão de oitocentas mil pessoas, houve a coroação da estátua de Nossa Senhora de Fátima. Em 1951, Pio XII estabeleceu que o encerramento do Ano santo fosse celebrado no santuário de Fátima.


A 13 de maio de 1967, pelo 50º aniversário das aparições de Nossa Senhora, o papa Paulo VI chegou a Fátima, onde o aguardava, juntamente com um milhão de peregrinos, que haviam passado a noite ao relento, Lúcia, a vidente Lúcia.



Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!